segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Décima-Quarta Rosa - O PAI Nosso (continuação)



     O PAI Nosso (continuação)

    Fazemos muitos atos das mais nobres virtudes cristãs, quando pronunciamos estas palavras, quando rezamos devotamente esta divina oração.

   Ao dizer PAI Nosso que estais nos Céus, fazemos atos de fé, adoração e humildade. Quando pedimos que Seu nome seja santificado e glorificado, mostramos um zelo ardente por Sua glória, e quando pedimos para espalhar o Seu Reino, fazemos um ato de esperança; mas por este desejo que Sua vontade seja feita na Terra como no Céu, mostramos um espírito de perfeita obediência.

    Ao pedir por nosso pão de cada dia, nós praticamos a pobreza de espírito e o desapego dos bens da Terra. Ao rogarmos a ELE que perdoe nossos pecados, nós realizamos um ato de arrependimento deles. E perdoando aqueles que nos têm ofendido, nós damos prova da virtude da misericórdia no mais alto grau.

   Através da ajuda de DEUS em nossas tentações, nós realizamos atos de humildade, prudência e constância. Ao esperarmos por ELE a livrar-nos do mal, nós exercitamos a virtude da paciência.

   Finalmente, enquanto pedimos todas estas coisas, não por nós mesmos somente, mas também pelo nosso próximo e por todos os membros da Igreja, estamos a realizar nosso dever como verdadeiros filhos de DEUS e, imitando-O em Seu amor que envolve todas as pessoas, estamos guardando o mandamento de amor ao próximo.

    Se nós realmente sentimos no coração o que dizemos com os nossos lábios, e se nossas intenções não estão em desacordo com aquelas expressas na Oração do SENHOR, assim, ao rezar esta oração, nós odiamos a todo o pecado e observamos todas as leis de DEUS. Porque sempre que pensamos que DEUS esta nos Céus, infinitamente distante de nós pela grandeza de Sua majestade, quando nós nos colocamos em Sua presença, devemos estar cheios de reverência perante a grandiosidade da majestade divina. Assim o temor do SENHOR nos livrará de todo o orgulho e nós nos curvaremos diante DEUS em nosso profundo vazio.

    Ao dizermos o nome PAI e lembrarmos que nós devemos nossa existência a DEUS por meio de nossos pais e mesmo por conhecimento de nossos mestres, que possuem e são a imagem viva de DEUS, basta-nos dar-lhes a honra e respeito devidos, ou, para ser mais exato, dar honra a DEUS por intermédio deles. Nada mais deve passar por nossas mentes, pois o seria falta de respeito a eles ou mesmo o feririam.

    Nunca estamos tão próximos da blasfêmia, quando no momento que dizemos santificado seja o Santo Nome de DEUS. Se nós realmente visarmos o Reino de DEUS como nossa herança, nós não podemos de maneira alguma estarmos ligados às coisas deste mundo.

   Se nós sinceramente pedimos a DEUS que nosso próximo compartilhe da mesma benção que nós estamos a pedir para nós, é necessário que deixemos todo o ódio, discussões e inveja. E é claro que se pedimos a DEUS diariamente pelo pão nosso, nós devemos aprender a odiar a glutonia e a lascívia que imperam fartamente nos ambientes suntuoso.

    Ao pedirmos com sinceridade que DEUS perdoe-nos como temos perdoado aqueles que nos têm ofendido, nós não mais nos levamos pela raiva e por pensamento de vingança, pois devolvemos o bem pelo mal e realmente amamos a nossos inimigos. Pedir a DEUS que não nos deixe cometer pecado ao sermos tentados, é dar provas que estamos a combater a preguiça e que verdadeiramente procuramos arrancar os vícios e batalhamos por nossa salvação.

    Pedir a DEUS que nos livre do mal é temer a Sua justiça e assim obteremos a verdadeira felicidade. Pois o temor do DEUS é o principio da sabedoria, e é através da virtude do temor de DEUS que os homens evitam o pecado.


18º Capitulo - Extraído do Livro "O Segredo do Rosário" São Luiz M. Grignion de Montfort

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